Diagnóstico apressado
Artigo publicado em fevereiro de 2011. José T. Thome A dimensão da catástrofe que acometeu parte da população do estado do Rio de Janeiro, apesar de recorrente, surpreendeu. E não sem razão, ganhou a atenção do país, com direito a reportagens, declarações de autoridades, detalhamento de características geográficas e, infelizmente, alguns excessos.Em meio aos esforços das equipes de resgate e atendimento de emergência, à mobilização solidária empreendida pela população fluminense, e aos novos planos de investimento organizados às pressas, por quem se absteve do compromisso de empreender políticas habitacionais sustentáveis, tenho assistido à banalização sistemática do diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático – TEPT. Declarações afoitas, oferecidas como se fosse possível explicar e resolver tudo a partir dessa conclusão. Nesse caso, invariavelmente equivocada. Estudos indicam que um em cada quatro indivíduos submetidos a catástrofes...
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