Estabilidade Emocional

jan 11, 2017 by

Estabilidade Emocional

Para sair da crise é preciso,
antes de tudo, manter o equilíbrio
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O Brasil vive uma das piores crises da sua história, e esta situação de incerteza gera intensas e graves tensões, ou estresses, que afetam indivíduos, famílias, empresas e instituições. Individualmente ou em grupo, as pessoas são obrigadas a lidar diariamente com estas dificuldades, ou com a expectativa delas. E é frequente que não estejam emocionalmente preparadas para isso. São poucas as pessoas que têm esta condição, e em momentos como o atual, o risco de adoecimento aumenta.

Sob pressão, é difícil avaliar corretamente os acontecimentos e tomar as melhores decisões. Esse estado de disrupção estimula atitudes equivocadas, que alimentam os problemas e afastam ainda mais os indivíduos e as instituições de uma solução. E em muitos casos, o quadro pode evoluir para desestabilização ou desorganização emocional e psíquica.

Como psiquiatra e psicoterapeuta, eu pude coordenar intervenções em situações disruptivas causadas por adversidades como crises políticas e econômicas, desastres naturais, violência urbana, desabastecimento e crises corporativas que afligiam indivíduos, membros de uma família, equipes de profissionais, comunidades e populações. E tanto em ações da Secção Intervenção em Crises da Associação Mundial de Psiquiatria, realizadas através da Associação Brasileira de Psiquiatria, quanto em projetos que empreendi junto à Rede Ibero-americana de Ecobioética, pertencente à Cátedra UNESCO de Bioética, ao oferecer assistência para grupos, líderes e individualmente, em clínica privada, eu busco desenvolver neles uma capacidade fundamental no enfrentamento destes tipos de crises: a estabilização emocional.

Através da experiência que acumulei em projetos de suporte para populações e indivíduos,  envolvidos nas mais severas crises, e de técnicas de abordagem relacional e emocional específicas para intervenções e psicoterapia, eu e meu grupo de trabalho, estabelecemos programas personalizados com o objetivo de estimular habilidades em pessoas que precisam superar períodos adversos, agindo de maneira saudável e produtiva.

A meta é recuperar as funções psicológicas atingidas pelos eventos disruptivos e restabelecer a capacidade de tomar decisões estabilizadas, que contribuam para a solução e não para o agravamento da crise. Afinal, a mente é a ferramenta mais poderosa dos seres humanos e ela precisa estar em equilíbrio para enfrentar os maiores desafios.

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